O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) suspendeu, nesta terça-feira (16), o julgamento de um Mandado de Segurança em processo que pode mudar o cenário político de Cascavel.
A ação, movida por Ana Afif e Rogério do Zé de Lima, prefeita e vice-prefeito do município, tenta barrar a quebra de seus sigilos bancários, determinada em primeira instância após suspeitas de envolvimento em atos ilícitos.
Alvos da Investigação
Os gestores contestam a decisão da Justiça Eleitoral que autorizou a acesso às contas bancárias não apenas dos chefes do Executivo, mas também de figuras influentes da região. Entre os atingidos pela medida estão:
- Os vereadores Flávio Cascavelense e Gerardo Pompeu Ribeiro Neto;
- O ex-prefeito Carlos Alberto Queiroz Pereira, o “Bebeto do Choro”, que se encontra cassado e foragido da Justiça.
A quebra de sigilo foi motivada por indícios coletados durante investigações que apuram práticas ilegais durante o período eleitoral, buscando rastrear a origem e o destino de recursos financeiros que possam ter desequilibrado o pleito.
Mudança no voto e pedido de vista
O julgamento no Tribunal iniciou com o voto do relator, Desembargador Leonardo Oliveira de Vasconcelos, que se manifestou pela concessão da segurança. Caso prevaleça, o voto do relator anularia a quebra dos sigilos bancários e os depoimentos de testemunhas colhidos em setembro de 2025.
No entanto, a Corte divergiu. Os desembargadores José Maximiliano Machado Cavalcanti e Antônio Edilberto Oliveira Lima votaram pela manutenção da quebra de sigilo, defendendo a legalidade das investigações.
Com o placar empatado em 2 a 2, o desembargador Emanuel Albuquerque, que inicialmente havia sinalizado acompanhar o relator, recuou e solicitou vista dos autos, resultando, até o momento, em 2 votos a 1 contra do pedido de Ana Afif e Rogério do Zé de Lima